Ensaio sobre a cegueira
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Para dar uma variada no assunto, aqui vai a dica de um bom filme!
O filme intitulado “ensaio sobre a cegueira” (“Blindness” em inglês) teve origem em um livro escrito por José Saramago, o que rendeu ao escritor o prêmio Nobel de literatura 3 anos após a publicação do livro.
O enredo trata de um motorista que subitamente fica cego enquanto dirige. Ele e a mulher vão consultar um oftalmologista, que não percebe nenhuma alteração no seu exame oftalmológico. Pouco tempo depois, todas as pessoas que tiveram contato com o primeiro cego também perdem a visão. O governo trata a doença como uma epidemia e coloca de quarentena os doentes em uma instalação vigiada por soldados armados. A mulher do oftalmologista é a única que não é afetada, mas finge estar com a doença para acompanhar o marido em seu confinamento. À medida que mais pessoas cegas são amontoadas no ambiente de confinamento, o local se torna hostil, superlotado, e a falta de apoio externo fazem com que as condições de vida se degradem rapidamente.
Mais do que um retrato de como as pessoas agiriam se não pudessem enxergar, o autor propõe uma análise da sociedade em que vivemos, jogando com a diferença entre as palavras “ver” e “olhar”. O “olhar” aparece como o ato de enxergar e o “ver” aparece como a capacidade de analisar uma situação. A cegueira apresentada por Saramago pode ser encarada como a alienação do homem em relação ao ambiente que o cerca. No livro, quando a cegueira branca se torna uma epidemia, os problemas da nossa sociedade que não queremos enxergar se intensificam de tal forma que chega a um ponto em que o civilizado se torna primitivo, as regras da civilização são quebradas e o instinto de sobrevivência toma conta do homem.